quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Gafes eleitorais

Em vez de votos, Twitter e YouTube geraram momentos hilários na campanha


Guilherme Lepca
Crédito: Guilherme Lepca
Nos Estados Unidos, a internet foi decisiva para aumentar a votação de Obama nas eleições de 2008. No Brasil? Bem, aqui foi importante para aumentar... o bom humor. Depois que o presidente americano arrecadou meio bilhão de dólares pela web, os políticos tupiniquins arregalaram os olhos para a rede, mas sem sucesso. Não que tenha faltado esforço.
José Serra (PSDB) gastou R$ 3 milhões, Dilma Rousseff (PT)contratou os assessores de Obama e Marina Silva (PV) convocou experientes especialistas em mídia. O resultado? A arrecadação online foi desprezível, mas a coleção de trapalhadas, paródias e momentos constrangedores foi riquíssima.




VERGONHA ALHEIA - Os erros digitais dos candidatos
PREFERIU VER VÍDEO NO YOUTUBE
Dilma Rousseff faltou ao debate da emissora Rede Vida alegando ter outro "compromisso". Só que, enquanto o programa corria, ela postou a seguinte mensagem em seu Twitter: "Olha que interessante, o Pato Fu interpretando músicas de sucesso usando instrumentos de brinquedo". Pelo visto, era inadiável.

PEGO NO PULO
Em visita a uma sala de academia de Manaus (AM), o presidenciável José Serra pensou estar longe dos repórteres e decidiu, com as mãos na cintura, saltar sobre uma cama elástica. Quis mostrar desconstração, mas sua falta de equilíbrio gerou dezenas de comentários sarcásticos sobre o vídeo, filmado por celulares, que foi colocado rapidamente na web.

CLICOU ERRADO
A candidata evangélica à presidência Marina Silva se enrolou com a ferramenta de retuíte, e replicou em julho mensagens de seus seguidores. Eles diziam que o recém-falecido escritor José Saramago não merecia respeito, pois blasfemava contra Deus. Os internautas não perdoaram o mal-entendido, que foi parar nos tópicos mais citados do Twitter.

ALGUÉM ME AJUDA COM ESSE BOTÃO?
Depois de atacar adversários no primeiro debate televisionado e virar recordista de citações no Twitter, Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) chegou a gravar um vídeo pedindo que os militantes tuitassem. O problema é que ele não sabia lidar com o microblog e ficou pedindo aos seguidores instruções para realizar tarefas simples, como enviar mensagens privadas.

MICHAEL JACKSON BRASILEIRO
O sucesso incomoda. O candidato a deputado estadual Lindolfo Pires (DEM-PB) virou um dos maiores hits da web ao parodiar a música Beat It, de Michael Jackson, para usá-la como slogan de campanha. Seu site recebeu uma avalanche de visitas, mas logo a Sony Music, que detém os direitos da obra, pediu que a composição fosse retirada do ar. Ficou com fama de irresponsável.

ERROU O ALVO
Cansada de seus perfis falsos no Twitter, como o @martaxasuplicy_, a candidata ao Senado por São Paulo, Marta Suplicy (PT) enviou à justiça uma notificação para que o "Twitter Brasil" retirasse as páginas do ar, sob ameaça de multa. O problema é que , apesar do nome, a página processada pela ex-prefeita de São Paulo se tratava apenas de um blog sobre o tema, e não do site oficial do serviço no País.

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